Diálogos Impossíveis
Um balde de água fria para quem defende a possibilidade de diálogo com o terrorismo islâmico: ontem, via web, o Exército Islâmico no Iraque afirmou que a França é inimiga dos muçulmanos.
É claro que, dentre as muitas acusações listadas pelo grupo, estão a atualíssima lei que proíbe o uso de símbolos religiosos nas escolas públicas e o passado colonial francês.
Mas o que chama mais a atenção é a alegação de que a França não participou da ação militar no Iraque em virtude de seus próprios interesses - e não em solidariedade àquele povo.
Em que pese a realidade desta acusação, deve-se observar o quanto ela mostra ser insustentável qualquer estratégia de diálogo com esta gente: o "veredito" islâmico para as nações ocidentais será sempre negativo. Em outras palavras: há sempre uma desculpa para justificar a loucura de quem enfaixa o próprio pinto e vai se explodir levando consigo vidas inocentes.
E a balela da alteridade?
Shirin Ebadi - a iraniana condecorada com o Nobel da Paz -, anda criticando a lei francesa por acreditar que ela só serve para acirrar os ânimos.
Eis aí, uma boa mostra do quanto o respeito à diversidade cultural é, para os muçulmanos, uma via de mão única.
Não passa pela cabeça de Ebadi respeitar a tradição cultural e histórica da França, que está fortemente marcada pela secularização do estado e da educação. Não. Para ela, mesmo em solo francês, a cultura muçulmana vem na frente. Em nome de Allah - e por medo de despertar mais ainda a ira de seus soldados - deveremos todos abrir mão de nossos referenciais.
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