O que pensar de um presidente que se diz apunhalado pelas costas, que afirma querer apurar todas as denúncias de corrupção, mas cujo governo está tratando a pão-de-ló os principais suspeitos de envolvimento com o Valerioduto?
Pois é exatamente isso o que está acontecendo: os 18 parlamentares da base de sustentação do governo suspeitos de terem sido beneficiados pelo esquema de Marcos Valério tiveram quase todas as emendas orçamentárias atendidas pela União. De acordo com o site Contas Abertas os campeões em conseguir passar emendas exclusivas são Professor Luizinho, João Paulo Cunha, José Mentor e João Magno.
Conforme avançam os meses, o discurso do presidente Lula vai ficando menos verdadeiro - ou, pelo menos, vai ficando evidente que há uma imensa lacuna entre o que o presidente fala e as ações de seu governo. Esta postura - que, incialmente, quando Lula dizia querer apurar tudo, mas tentou impedir a realização da CPI dos Correios, poderia parecer apenas um ato falho - está se desenhando claramente como um método. E é um método dos mais vulgares em política: há um discurso para as massas e há a articulação política.
Ontem, uma matéria do Estadão dava conta de que o governo anda procurando um novo slogan pubicitário para enfrentar o ano eleitoral. Não me ocorre qualquer frase de impacto. Mas, com certeza, em termos de logomarca, o governo poderia negociar com a Disney para adotar o personagem Pinóquio.
Um comentário:
Discordo, Pinóquio não!
Irmãos Metralhas, Maga Patológica (me lembrei da Ideli, não sei porque) ficam mais adequados, quanto ao "slogan" da campanha criminosa que essa escória pretende implementar:
"O crime compensa, é só saber fazer" (apenas uma singela sugestão).
Postar um comentário