quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Impostos: o Brasil é o único país da OCDE onde o governo assalta o povo todos os dias




Nas últimas horas aparecem mil discussões sobre o quanto pagamos de impostos porque Dilma agora quer aumentar o Imposto de Renda.

Cínico, o ministro da fazenda Joaquim Levy, declarou que o Brasil é um dos países da OCDE, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, onde o Imposto de Renda é mais baixo.

O que nenhum destes safados diz é que pagamos inúmeros outros impostos embutidos em bens de consumo - a famosa "carga tributária".

O que eles também não dizem é que somos o povo mais idiota do mundo porque não temos qualquer retorno sobre o muito que pagamos.

Então, eis que tudo o que vai nos próximos parágrafos é super óbvio. Mas, de repente, parece que é preciso repetir este óbvio para que as pessoas acordem e coloquem este ministro e seu governo descarado em seu devido lugar.

Para ficar apenas nos exemplos mais imediatos,o Brasileiro que paga Imposto de Renda - pouco importa se retido ou não na fonte - também paga:

Plano de saúde privado para não morrer na fila do SUS.
Segurança privada, pois não há polícia na rua.
Escola particular para os filhos, pois a pública é um lixo.
Pedágios para a manutenção de estradas (e naqueles onde não paga ele morre, pois inexiste manutenção).
Aposentadoria privada porque a previdência social (esta que, vivem dizendo, "vai quebrar o país") não banca nem a conta da farmácia.

E aí você diz assim: "bem, mas estes são os brasileiros economicamente remediados. É justo que eles paguem mais para sustentar uma estrutura que atenda aos menos favorecidos. É distribuição de renda".

Um cacete!

Os menos favorecidos morrem feitos moscas nas portas das unidades de saúde deste país. Não existe transporte público de qualidade, não existe segurança nas periferias e, pelo amor de Deus, não existe nem esgoto encanado nas áreas mais pobres das nossas cidades!

O que que existe neste país é o Bolsa Família, um programa social que, por falta de uma porta de saída digna, se transformou em humilhante escravidão política - para alegria desta corja que quer se eternizar no poder.

A segunda coisa que existe é ROUBO, propina, ladroagem, pixuleco.Nesta área o Brasil é pródigo: só se fala em bilhões - porque "milhão" virou coisa de político pé de chinelo, de prefeitinho e vereador rastaqueras.

Então, o que eu tenho a dizer a essa gente que fala em aumentar impostos é: vão assaltar as cadelas que os pariram!

Quanto a nós, que pagamos essa orgia mórbida, só nos resta tomar as ruas.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Esta coisa fora de moda chamada "instinto de sobrevivência"

Sorry, não consigo engolir essa visão - recorrente entre comentaristas de televisão - de que o ocidente não pode reagir de forma violenta contra o terrorismo jihadista pra não gerar mais terror. (Como assim "mais"? Qual deve ser o limite a partir do qual nos seria dado o direito de reagir de forma violenta?)

Até me esforço em ouvir quem pensa assim. Só que sempre me fica a impressão de que o que estes apelos almejam é que a gente fiquei passivamente aguardando o abate.


Mas eu sou um dinossauro.Tenho uma visão de mundo que me induz a defender velhos valores ocidentais, como a liberdade, por exemplo. Tendo a reagir de forma visceral contra gente que quer impor uma visão de mundo que não comporta as conquistas da revolução iluminista - tanto no que diz respeito à liberdade e aos direitos humanos de forma geral, mas especialmente em relação aos direitos das mulheres.


Chamem de instinto de sobrevivência se quiserem. 


O mesmo instinto que, em 2003, fez a correspondente de guerra Asne Seierstad gritar, para os soldados americanos que entravam em Bagdá: "Obrigada por vir!


Em 2008 destaquei no blog o trecho de "101 Dias em Bagdá" no qual a jornalista norueguesa admite,com certo constrangimento, que deu vivas ao ver os americanos chegando.
O post de 2008 está no link abaixo, caso tenham curiosidade de ler. 

É um bom relato de como um ocidental - no caso, uma mulher -, por mais que tente racionalizar, num momento de medo sabe exatamente em quem pode confiar.

Clique aqui para ler "Olhares".