sábado, 10 de janeiro de 2015

Esta coisa fora de moda chamada "instinto de sobrevivência"

Sorry, não consigo engolir essa visão - recorrente entre comentaristas de televisão - de que o ocidente não pode reagir de forma violenta contra o terrorismo jihadista pra não gerar mais terror. (Como assim "mais"? Qual deve ser o limite a partir do qual nos seria dado o direito de reagir de forma violenta?)

Até me esforço em ouvir quem pensa assim. Só que sempre me fica a impressão de que o que estes apelos almejam é que a gente fiquei passivamente aguardando o abate.


Mas eu sou um dinossauro.Tenho uma visão de mundo que me induz a defender velhos valores ocidentais, como a liberdade, por exemplo. Tendo a reagir de forma visceral contra gente que quer impor uma visão de mundo que não comporta as conquistas da revolução iluminista - tanto no que diz respeito à liberdade e aos direitos humanos de forma geral, mas especialmente em relação aos direitos das mulheres.


Chamem de instinto de sobrevivência se quiserem. 


O mesmo instinto que, em 2003, fez a correspondente de guerra Asne Seierstad gritar, para os soldados americanos que entravam em Bagdá: "Obrigada por vir!


Em 2008 destaquei no blog o trecho de "101 Dias em Bagdá" no qual a jornalista norueguesa admite,com certo constrangimento, que deu vivas ao ver os americanos chegando.
O post de 2008 está no link abaixo, caso tenham curiosidade de ler. 

É um bom relato de como um ocidental - no caso, uma mulher -, por mais que tente racionalizar, num momento de medo sabe exatamente em quem pode confiar.

Clique aqui para ler "Olhares".