sábado, 28 de fevereiro de 2009

Requentando

Semana de feriadão de Carnaval e todas as notícias me parecem requentadas:

Na Veja, Lauro Jardim avisa: "o Vox Populi cravou o piso da candidatura Dilma Rousseff em torno dos 30%" - o que corresponderia a soma dos eleitores que votam no PT e em quem Lula indicar. Para subir mais, só com muita campanha e carisma da candidata. João Santana, o marqueteiro, teria avisado que se a ministra terminar o ano com uns 20% está ótimo. É claro que está. Eu já avisei outro dia: quando o PT colocar a máquina na rua, ninguém bate a Dilma.

A despeito de todas as evidências (os cubanos estariam mentindo por, sei lá, diversão?), o Tarso Genro continua a sustentar que ofereceu asilo aos boxeadores.. "O cubano não ficou aqui no Brasil porque não quis, os colegas dele ficaram", declarou o ministro. Mas eu já mostrei, dia desses, que e a cronologia dos fatos invalida este argumento em dois tempos.

Finalmente, ontem a Paula Oliveira prestou depoimento na Promotoria de Zurique. A moça, que inicialmente espalhou fotos de suas pernas e barriga pela imprensa mundial, agora não quer mais nem ser filmada. O advogado, claro, alega que esta inesperada timidez é em função do caso correr em segredo de justiça. Pode até ser. Mas reparem no vídeo. Será que não dava para a Paula dizer nem um "desculpe, gente... Obrigada pelo apoio em divulgar a agressão da qual fui vítima, mas eu não posso falar agora"?

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Arrumando as gavetas

Hoje vou tirar um tempinho para atualizar os links do blog - tarefa que vem sendo adiada há milênios.

Se as coisas ficarem estranhas por aqui, já sabem: fiz merda.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Quem dá mais?

Uma coisa que sempre me incomoda quando vejo declarações como aquelas do Jarbas Vasconcelos é que os caras não largam o osso. Se o PMDB é tudo aquilo, por que o cidadão em tela continua no partido?

Pois agora foi o Pedro Simon que resolveu reviver seus áureos tempos de paladino da ética para declarar que o PMDB é uma espécie de rameira em leilão - se oferece a quem pagar mais.

Novidade?

Nenhuma. Mas a declaração nos obriga a voltar para o ponto inicial: por que, então, gente como Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos, incomodados com tais práticas, jamais saíram do PMDB para fundar outro partido? Nome e peso político certamente não lhes faltariam para cumprir a tarefa. Faltou coragem? Ou nada disso jamais lhes incomodou, de fato, e estas rebeldias são momentâneas, fruto de situaçoes nas quais eles se viram fora do 'quem dá mais'?

Porque eu não acredito em apego histórico à legenda - e muito menos na possibilidade, novamente aventada pelo senador gaúcho, de que é possível fazer "uma limpa" no PMDB. Não é - ou já teriam feito tal "limpa" antes. Para ficar apenas no episódio mais recente: o caso Renan Calheiros forneceu razões de sobra para uma verdadeira faxina. Se não aconteceu é porque não lhes interessava.

E uma vez que Pedro Simon continuou no PMDB - este partido que "se oferece a quem pagar mais" - eu lembro daquela noite em que foi extinta a CPMF e pergunto: quanto ofereceram ao senador para que ele viesse à tribuna pedir mais tempo para o governo Lula?

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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Tá com medinho, número um?

Segundo as pesquisas, a aprovação do governo Lula anda entre 70% e 80% .

No Rio, Lula ganhou a eleição em 2006, elegeu o governador e, outro dia, elegeu o prefeito - um ex-tucano que hoje jura amor eterno aos mensaleiros que uma vez fingiu perseguir. Ultimamente, a fim de transferir tais simpatias para Dilma, Lula também está despejando dinheiro por aquelas bandas de São Sebastião.

Então vocês me expliquem: por qual razão Lula teve medo de ser vaiado na Sapucaí?

Pavor de que os sulistas fossem maioria na avenida? Certeza de que as pesquisas não retratam a realidade? Lembranças de um Maracanã lotado pelazelitegolpistas?

Por medo de ser vaiado pelos cariocas é que não foi.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Vê se te enxerga

Da coluna Informe Político, no Diário Catarinense de hoje:

Dia desses, ao visitar Pernambuco, [ o ministro da Pesca, Altemir Gregolin] falou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva:

– Presidente, a (senadora ) Ideli (Salvatti) é a candidata ao governo!

E Lula retrucou com uma pergunta:

– Será que ela está disposta a trocar uma reeleição certa ao Senado?

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Querida, encolhi a lua de mel

As pesquisas dizem que Obama segue nas alturas, em plena lua de mel com a população americana - pelo menos com a maioria dela.

Mas, alertada pela Agência Internacional de Energia Atômica, a Casa Branca avisa que surgiu no Irã um "problema urgente, cuja resposta não pode demorar".

Desconfio, pois, que esta lua mel será abreviada.

E para que não façam cara de noivinha surpresa - ou que se digam ludibriados por aquele estilo 'Mahatma Dandy' de Mr. President -, segue trecho do discurso de posse:

"(...) para aqueles que procurarem avançar em seus objetivos produzindo terror e matando inocentes, diremos a eles que nosso espírito é mais forte e não pode ser quebrado; eles não poderão prevalecer e nós os derrotaremos".

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Verdade e decência

Há cerca de três anos vi, às portas de uma delegacia carioca, um pai visivelmente destruído.

Seu filho, um rapaz de classe média-alta, fora acusado de espancar quase até a morte uma empregada doméstica em uma parada de ônibus - o caso é famoso.

E o que disse este pai à imprensa que se acotovelava em torno dele?

"Como pai eu sou suspeito, mas meu filho estudava e trabalhava, ia e voltava do trabalho comigo, é um garoto bom", declarou ele, contando que o rapaz afirmava não ter participado do espancamento porque estava alcoolizado e sem condições de descer do carro. "Se ele não participou, tenho medo que sua vida fique marcada por esse episódio, mas se espancou essa moça e a Justiça provar isso, então ele vai ter que pagar"

Foi uma das coisas mais tristes que já vi na televisão: o olhar desamparado de um pai diante da possibilidade de que seu filho tenha cometido um crime. Mas foi, também, uma das coisas mais decentes que já vi - na TV ou fora dela.

Paroquiana - Coligação Amo Tapetão

A decisão do TSE em manter a cassação do mandato de Cássio Cunha Lima mexeu com o sistema nervoso político local.

É que o governador Luiz Henrique passa por processo semelhante - cujo julgamento ainda não tem data marcada.

De um lado, a oposição já começou a cantar vitória antecipada. De outro, os governistas dizem que são processos muito diferentes.

Confesso que não conheço profundamente o processo movido contra o governador Luiz Henrique - também não conhecia o de Cássio Cunha Lima.

Mas vou cometer o pecado de falar do que não sei para observar que, desde que vim morar aqui, em 2003, percebo um mesmo movimento na família Amin: sempre que se descobrem diante de uma derrota nas urnas os Amin, através da coligação que os representa, tentam prorrogar o jogo na Justiça Eleitoral.

Impossível não perceber que há, nestas tentativas, uma boa dose de desrespeito à democracia.

Se isto tem origem no nascimento político do próprio Esperidião Amin - que entrou para a poítica como prefeito biônico da ditadura - ou se é influência de suas constantes alianças com o PT de Ideli Salvatti, não sei.

Sei é que pega muito mal.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Comentando os jornais do dia

Em 22 das 27 capitais brasileiras, os alunos de escolas públicas não atingiram as metas de aprendizagem de língua portuguesa na 4ª série do ensino fundamental. Fermento para fazer crescer o público potencial do Bolsa Família. A boa notícia é que Florianópolis está entre as cinco capitais nas quais os alunos demonstraram nível de conhecimento de português adequado à série.

O Ministério Público de Zurique indiciou Paula Oliveira por suspeita de induzir as autoridades ao erro. Com mais essa, a imagem do imigrante brasileiro, que já não é lá essas coisas, fica bem ruim. E a culpa não é só da moça, não. É de quem tentou transformá-la, apressadamente, em vítima do neo-nazismo europeu, conferindo ao caso o peso de um incidente diplomático.

A fim de evitar a prescrição dos crimes, o ministro Joaquim Barbosa determinou ontem que as cerca de 600 testemunhas de defesa do processo do mensalão sejam ouvidas num prazo de 272 dias. Não sei se vai adiantar alguma coisa - no Brasil, ninguém vai preso por falso testemunho. Mas a atitude demonstra que o ministro está com vontade de levar a coisa adiante.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul está fechando as escolas do MST. Fim de carreira para aquelas chocadeiras de terroristas. Agora os "sem-terrinha" vão ter que entrar em ação nas escolas públicas normais, como qualquer brasileirinho. E o conselhos tutelares que tratem de cobrar isso.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

1 x 1000

É... Eu sei que não se deve reagir.

Mas isto não me impede de comemorar quando uma arriscada reação, que bem poderia terminar em tragédia, desafia as estatísticas para marcar um pontinho neste placar tão desigual.

Perdeu, vagabundo, perdeu!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Lewandowski com a barrigowski

Segundo matéria da Folha de S. Paulo, o STF determinou que Dilma e Tarso estão fora do do inquérito da PF que apura a produção e o vazamento do dossiê sobre gastos pessoais do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Segundo o ministro Lewandovsky, "não há até este momento fatos que justifiquem a investigação de autoridades em instância superior".

É claro que não há fatos que justifiquem tal coisa.

Só porque o dossiê nasceu dentro da Casa Civil, às vésperas de uma CPI que investigava os gastos do governo Lula com cartões corporativos, por ordem da principal secretária-executiva da ministra?

Vamos deixar disso, minha gente.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Carona

A presença da senadora Ideli Salvatti na comitiva que o governador Luiz Henrique da Silveira, seu maior oponente no cenário estadual, levou a Dubai foi motivo de piada na coluna de Cacau Menezes para a edição de hoje do DC:

Túnel do tempo

De uma velha e histórica raposa política, ao manifestar surpresa com a presença da senadora Ideli Salvatti na comitiva do governador a Dubai, nos Emirados Árabes:

– Já se sabia que o poder era afrodisíaco, mas, pelo jeito, acaba, também, com os radicais livres.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Sempre cabe mais um

Notinha da coluna Holofote, na Veja desta semana:

"Para onde vai Ratinho?

Emperraram na semana passada as negociações entre o apresentador Ratinho e a Band. Desempregado desde dezembro, quando acabou seu contrato com o SBT, Ratinho pretendia comandar um programa semanal no canal paulista. Deparou com a oposição de parte da diretoria da empresa, que argumenta que ele traz muita audiência, mas pouca publicidade, já que seus programas são dirigidos a um público menos endinheirado. O plano B de Ratinho, a RedeTV!, também patina. Como os diretores da Band, os donos da RedeTV! temem que o programa de Ratinho espante os espectadores e os anunciantes das classes A e B.

Pois sugiro ao Ratinho que procure o companheiro Lula e se ofereça para comandar um programa na TV Brasil. Ou que, numa investida mais ousada, peça para si o cargo de Franklin Martins.


Crédito para isso não lhe falta. Em abril de 2004 Ratinho fez um domingão especial com o presidente. Uma entrevista exclusiva - pontapé inicial da campanha que abriria um canal de relacionamento direto entre o presidente e as camadas sociais mais populares, levada ao ar no exato momento em que a imagem de Lula começava a se deteriorar nos círculos mais letrados que compõem a opinião pública.

E se Ratinho cai como uma luva no perfil do telespectador bolsa-família - público que o presidente agora quer atingir com mais precisão mediante coluna em jornais populares - , também é verdade que, estando o apresentador a serviço do Governo Federal, qualquer reação negativa advinda das classes A e B não será problema. Estas classes, como bem sabemos, Lula mantem satisfeitas com economia estável e juros altos.

Como vocês podem ver, a preocupação da Veja - " para onde vai Ratinho" - não se justifica. Sempre há lugar para mais um ratinho no governo.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Zéfini II

Enquanto o Lula azeita a máquina para 2010 - agora vai ter uma coluna em jornais populares -, o PSDB resolveu colaborar mais ainda com o 'zéfini': transformou em barraco a eleição de seu líder na Câmara dos Deputados.

Razão tem a Lucia Hippolito quando diz que "o fracasso subiu à cabeça dos tucanos".

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Zéfini

A pesquisa CNT Census publicada nesta manhã apresentou Lula com 84% de aprovação.

Se tais índices se mantiverem até lá, em 2010 teremos uma eleição de continuidade - e não de mudança. E podem apostar: vai ser moleza para Lula transformar apenas a metade desta aprovação em votos para o seu candidato.

Como eu acredito que na hora do 'vamos-ver' - com a máquina na mão, obras do PAC e a militância no garrote - ele transforma bem mais do que a metade desta aprovação em votos, concluo que o jogo acabou antes de começar: Lula elege até um cone de trânsito.

Não, eu não gosto de dar essa notícia. Também não acredito piamente nestas pesquisas CNT/Census. Mas façam as contas: a última pesquisa Datafolha deu 70% de aprovação para o governo Lula; o Ibope lascou 73%... Ou seja: reduzam o quadro pintado pela pesquisa de hoje em 10%, ajustem a realidade aos números que Ibope e Datafolha publicaram em dezembro último e, ainda assim, 2010 seguirá despontando como uma eleição de continuidade.

Lembrem que em agosto de 2006 o governo Lula era considerado ótimo ou bom por apenas 40% dos entrevistados. Quem entende um pouco da coisa sabe que este é o mínimo de aprovação para que se possa pensar em reeleger alguém. Pois com 40% mais a máquina, Lula passou por cima do mensalão e se reelegeu bem. É lógico pensar que com 80% e uma máquina mais azeitada ainda ele elegerá a quem bem entender.

A esta altura, só um tsunami econômico poderia parar Lula e sua escolhida. Só que eu acho que ele não vem - pelo menos, não forte o suficiente para derrubar a aprovação do governo para índices abaixo de 50%. Vai ver foi por isso que Lula chamou a crise de marolinha: porque ela pode até dar uma boa sacudida na economia - mas não vai balançar, pra valer, o futuro petista.

Sonzera

Wagner e Beethoven agora estão no Apostos.

E o Apostos, se vocês ainda não sabem, agora tem voz e imagem.

É ou não é "o" portal de blogs ?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Senhores de vida fácil elegem representante

O Senado elege, hoje, o seu novo presidente.

A pseudo oposição, sempre a fim de uma vida fácil, não apresentou candidatura própria: Democratas vão com o governista José Sarney; tucanos com o petista Tião Viana.

Diante de tal quadro, nosso único interesse neste degradante espetáculo independe do resultado: de uma forma ou de outra, estaremos livres daquela vozinha insuportável do senador Garibaldi Alves.

Mas se você estiver a fim de assistir ao vivo, clique aqui ou aqui.