sexta-feira, 21 de outubro de 2005

Diversos - e para todos os gostos.

Ontem, a UNESCO aprovou o Convênio sobre a Diversidade Cultural. O objetivo principal é proteger os bens culturais e evitar que os mesmos venham a ser tratados como mercadorias.

Como sempre acontece nestas ocasiões, aproveitou-se o momento para insinuar os malefícios da globalização e esbanjar as expressões da moda: "desenvolvimento sustentável", "riqueza imaterial" e "multiculturalismo".

Mas o meu discurso predileto foi o do presidente da Comissão de Cultura que, citando Octavio Paz, lascou: "o que movimenta os mundos é a interação das diferenças, suas atrações e expulsões".

Gostei porque foi sincero: as expulsões fisiológicas têm sido uma constante nas manifestações culturais.

Já na década de 1960, o artista plástico Piero Manzoni defecou em latinhas - e, em 2002, a Galeria Tate pagou 22,3 mil libras por um exemplar. Aqui no Brasil, temos a Arte Intestinal bovina de Mizac Limírio.

Logo, amiguinhos, não se preocupem: os gringos não vão ameaçar a diversidade das nossas expulsões culturais. A UNESCO protegerá as patentes.

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