quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

Foi ao barbeiro e levou a imprensa.

Ontem, por volta das 18 horas, começaram a surgir fotos de Aldo Rebelo na internet.

Não, o presidente da Câmara não estava dando uma coletiva. Nem presidindo alguma sessão. Tão pouco convocara a imprensa para falar de algum assunto importante que diga respeito àquela casa. Aldo Rebelo foi ao barbeiro.

Simplesmente isso. Nada mais do que isso. E o motivo pelo qual um momento tão íntimo e comum deva ser acompanhado por fotógrafos profissionais da nossa imprensa permanece, pelo menos para mim, um mistério.

Não sei se a imprensa foi convocada pela assessoria da Câmara - ou se os fotógrafos que cobrem a vida política em Brasília, entediados com este interminável janeiro, resolveram brincar, espontanemanete, de paparazzi. Gostaria de saber. Não porque me interessem os asseios de Aldo Rebelo mas porque, como sugeriu Balzac, deve-se deixar a vaidade aos que não têm outra coisa para exibir .

Mas já que está consumado o fato, talvez devêssemos estimular a realização de um grande evento na Câmara Federal: barbeiros seriam levados até aquele recinto a fim de realizar, para a delícia dos telespectadores da TV Câmara, uma faxina completa e coletiva. A imagem teria força metafórica. Faz tempo que a política nacional anda precisando daquilo que, no jargão popular, se chama de "serviço completo": barba, cabelo e bigode.

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