terça-feira, 10 de outubro de 2006

Fidelito está nervoso

Acho que, para garantir o processo democrático, terei que enviar a Brasilia aquela receita de chá de camomila da minha avó.

Quero crer que os dois golpes domingueiros - a passagem para o segundo turno e, em seguida, a surra no debate da Band - foram demais para aquela débil estrutura psicológica. Conforme passam os dias, o cidadão que habita o Palácio do Planalto vai saindo mais e mais da casinha.

Não sei qual dos espetáculos é mais deprimente: se o beicinho e as declarações magoadas de ontem ou a fúria insana de hoje. Parece que só agora ele está se dando conta do fiasco que protagonizou na noite de domingo. Como viu que o vitimismo não colou, resolveu retornar ao estilo pré segundo turno, quando vociferava sua arrogância do alto dos palanques.

A soberba e nervosismo de Lula são tamanhos, que ele não se envergonha de lançar pérolas como essa: "Posso ter errado em não ter dado entrevistas, mas não sei de presidente que tenha feito tantos discursos, diariamente, na frente da imprensa"

Alguém precisa explicar a este filhote de Fidel a diferença entre um discurso e uma entrevista.

Um comentário:

Adelice disse...

Nariz, querida. Agora você está exagerando. Você está acreditando que é possível o Lula entender a diferença entre discurso e entrevista. Não adianta explicar.

Pois é. São muitas diferenças que o Lula precisa entender. E por aí vai: diferença entre partido e governo, entre privado e público, entre dinheiro do povo e dele:

"eu pensei que o governador fosse me agradecer pelo investimento que fizemos em saneamento em SP..."

Como se o dinheiro tivesse saído do bolso dele e não do nosso.