segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Entenderam agora?

Respondam rapidinho: por qual razão José Serra trabalharia para eleger o presidente de um partido que planejava abandonar?

É isso aí, minha gente...Serra começa a falar em deixar o PSDB para fundar um novo partido. Suas parcerias dizem tudo: até ex-ministro e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim.

Sinceramente: querer fundar outro partido de centro-esquerda no Brasil, quando os que existem mal se sustentam nas pernas, e só porque não foi escolhido para concorrer à presidência, é de uma arrogância sem limites. Vamos ver como a coisa evolui, antes de tiraramos conclusões precipitadas.

Mas que não me apareça mais ninguém aqui para defender esta empulhação de que José Serra trabalhou para eleger Geraldo Alckmin.

8 comentários:

jayme guedes disse...

Mas NG, que motivação o Serra teria para apoiar o Alk depois de levar dêle diversas rasteiras? É sabido que o PSDB rachou e permaneceu dividido entre suas estrelas. As pesquisas na época da escolha do candidato mostravam o Serra com o dobro das intenções de voto. O que leva um partido a desprezar o preferido do eleitorado, aquele que é conhecido no Brasil todo e tem nome - zé serra - fácil de ser pronunciado pelo povão?
Não bastasse, a atitude do Alk foi um desastre. Ele se mostrou como um Lula sem barba. Até contra privatizações ele passou a ser. Pelo amor de Deus. Votei nele por falta de opção mas ele ou o Gonzalez se comportaram como duas antas e levaram um baile do apedeuta. foi a campanha mais burra que presenciei. Se vc considerar os objetivos e as atitudes de cada um não há como negar que o apedeuta e o seu marqueteiro foram muito mais competentes. E sucesso é competência. Só isso. Nem mais nem menos. Querer culpar o Serra e o Aécio pela derrota do Akl é um pouco demais.

(N.G.: que MOTIVAÇÃO Serra teria para trabalhar por Alckmin? Que tal o BEM DO BRASIL, Jayme? Ou ele não é capaz de passar por cima de pendengas pessoais para pensar no melhor para o Brasil? Qunato às outras questões que você levanta no seu comentário, estarei fazendo uma nota em seguida, pois há um erro recorrente que algumas pessoas cometem por aqui. Abraços.)

jml disse...

O mal de tudo, cara NG, é que os políticos brasileiros levam tudo ao pé da letra. Partido, pra eles, é algo, partido, quebrado. Só podia dar no que deu...

O Editor! disse...

Jayme,

Qual rasteira que o Alckmin deu no Serra? Há 2 anos, o candidato confirmado do PSDB era o Alckmin, porque todos tinham a certeza de que ele levaria uma surra enorme do Lulla. Então surgiram os escândalos. E quanto mais passava o tempo, mais os que se negaram peremptoriamente a ser candidato em 2006 pensavam em mudar de idéia e passar por cima daquele que já havia sido informalmente eleito como candidato.

Serra e Aécio tentaram dar uma rasteira em Geraldo Alckmin quando perceberam que o Lulla poderia ser derrotado. Deram todas as provas para comprovar que queriam que Geraldo Alckmin fosse um verdadeiro "boi de piranha", e com a surra que tomaria (segundo as previsões da época), enterrasse seu nome na lama, para que nunca mais fosse um candidato viável.

Geraldo Alckmin simplesmente cobrou do PSDB que ele fosse mantido como o candidato. Quis mostrar que ele não estava na política para brincadeira. Que, do mesmo jeito que aceitara que seu nome fosse usado para lutar contra alguém "invencível", o PSDB tivesse ao menos a decência de aceitar mantê-lo candidato quando tinha chances reais de vitória.

Ou você aceitaria dar uma de Rubinho, que só era chamado para ganhar corridas quando o outro quebrava?

Abraços,

O Editor!

Peregrino disse...

NG,

Pinçando frases do artigo a que o link nos remete, duas delas chamaram minha atenção. A primeira, “um Estado ajustado do ponto de vista fiscal, mas ativo e forte nas relações de indução do crescimento econômico.” significa exatamente o quê? Para qualquer economista mediano, um estado ajustado do ponto de vista fiscal, significa um estado eficiente. Ora, parece que o governador eleito não é um bom economista, nem mesmo um economista com formação mediana. Se fosse, saberia que um estado eficiente é condição necessária (embora não suficiente!), para o crescimento econômico de longo prazo, mas a noção de estado eficiente está inversamente relacionada ao tamanho da carga tributária e diretamente à redução do tamanho do estado produtor. Não há, por exemplo, em um design de estado eficiente um papel relevante para uma empresa como a Petrobrás ou mesmo um Banco do Brasil.

A segunda frase "...o nacionalismo moderno seria caracterizado por abertura ao mercado internacional, mas com fortes doses de proteção ao interesse brasileiro em alguns setores.", deve soar como música para os ouvidos dos senhores da FIESP. Foi esse o tipo de retórica que nos levou à famigerada Reserva de Mercado da informática. No aspecto particular da proteção à indústria paulista, quem não se recorda do papel desempenhado pelo então parlamentar José Serra na Constituição de 1988, quando pautou a atual legislação do ICMS que beneficia o Estado de São Paulo, quando impõe sua cobrança na origem e não no destino?

Pois é! Deste senhor, jamais esperaria coisa diferente. Por isso, para não votar nele, anulei meu vot em 2002 e certamente, para não ter de votar nele, até anularei meu voto em 2010.

Confiança disse...

Por que ele não vai para o Pt,!!!
já que se revelou ter a mesma matiz de conduta
/Que leve o mineiro tb!!!Agora tudo faz sentido!

Jamanta disse...

NG
Jamanta viu desvanecerem-se as brumas que atrapalharam o vôo do tucano.
"Serra quer se preservar como líder da centro-esquerda anti-Lula"...
Anti-Lula, Serra? Jamanta então acha que Geraldo estaria frito se Serra fosse pró-Lula. Se anti ele ia ao teatro com a Marta Suplicy em pleno segundo turno, se fosse neutro iria dormir com pijama de estrelinhas vermelhas.
Jamanta votou duas vezes em Serra em 2002. Contra Lula.
Contra?... Jamanta acha que o termo 'contra' passa a soar meio forte para aquela atuação 'anti-Lula' de Serra.
Se a trairagem sair do PSDB, Geraldo pode manter e atrair outros bons e permanecer ali, com discurso mais "ao dente" e menos sabotado.

Ranzinza disse...

So' acho que nao faz sentido...

Como ser anti-lula e de centro-esquerda, ou desenvolvimentista, ao mesmo tempo.

Um dos lados nao fecha. Ou vai ser adesao de parte da oposicao ao projeto do Lula, ou vai ser o fortalecimento de uma uniao de centro, mais liberal, para que se consiga fazer oposicao para valer a Lula.

Cristal disse...

Pobre Brasil !!!