quarta-feira, 25 de abril de 2007

Não disse?

Conforme tentei lhes explicar outro dia, a nossa civilização tem encontrado saídas para os problemas que ela mesmo cria.

Pois eis Gliese 581 C, o nosso legado às futuras gerações: amplos espaços, temperaturas paradisíacas e vista panorâmica para Mercúrio no aguardo de novos e poluentes habitantes.

Transporte e outros detalhes serão resolvidos em breve. Por ora, importa é deixar claro que, ao contrário do que vivem a pregar os catastrofistas, nós somos uma espécie porreta.

7 comentários:

Paulo disse...

É, é uma saída - destruir um planeta e fugir para outro. Os alienígenas de Independence Day faziam exatamente isto.

Em um dos livros de um autor de ficção científica desconhecido chamado Greg Egan, um personagem, falando sobre a idéia de expansão ilimitada de uma espécie pelo Universo diz: "To conquer the Galaxy? That's what bacteria with spaceships would do, having no choice, knowing no better." (Mais ou menos "Conquistar a Galáxia? Isto é o que bactérias com espaçonaves fariam, sem escolha, sem razão").

Sair pelo espaço colonizando e destruindo outros planetas pode pegar mal com os vizinhos (e haveria vizinhos: um ponto lateral mas interessante é que se realmente acharmos um planeta com vida a possibilidade de existirem milhares de outros sobe exponencialmente - porque ficaria provado que a vida não é nem um fenômeno incidental da Terra nem muito difícil de acontecer).

(N.G.: adaptamo-nos, é o que eu sempre digo. Mal achamos o planetinha, e já temos eco-chatos intergalácticos. rsrsrs)

Thiago disse...

Tão catastrofista que a descoberta de uma possível nova morada, a 20 anos-luz daqui, é festejada como se festeja um gol na Copa do Mundo. Mas, claro, a festa é por conta da nossa perícia exímia, e não pelo fato de vermos naquele planeta uma possibilidade de recomeço - limpa e "paradisíaca".

;)

Vocês são engraçados...

(N.G.: ahh..não fique chateado. Você só perderam uma. Vivem de pregar o fim da humanidade e acabam de saber que não é bem assim. Temos um outro planeta, novinho, para poluir. Nosso modo de vida está assegurado.)

Thiago disse...

Aliás, não sei bem por que, mas isso me lembrou aquele filme "1492", com o Gérard Dupardier interpretando Colombo. Quando ele aportou em terras Americanas (pensando ser a Índia), quando viu toda aquela exuberância e quando trouxe as técnicas mais modernas para construir Santo Domingo, na Hispaniola, o genovês também acreditava que aquele seria um novo começo - limpo e paradisíaco.

=)

(N.G.: bem...mas deve-se admitir que ele estava mais perto da verdade do que todos os que acreditavam que ultrapassar a linha do Equador significava morrer torrado.)

Renato U Souza disse...

Cara NG.
Chamar de "habitável" um planeta com cinco vezes a massa da terra é uma licença poética. Certamente não é habitável por humanos, tão sensíveis a uma gravidade maior. De qualquer forma, qualquer coisa que esteja fora do nosso sistema solar é totalmente inalcançavel por nós.

(NG: isso mesmo, Renato...às vezes tem que apertar a tecla do humor. Ou a coisa aqui fica imcompreensível. )

Julia disse...

NG, não dá idéias ...


vamos que Lula foge no Aerolula pra lá, levando nosso rico dinheirinho?
Contudo, se carregar com ele a SOC, ainda assim estaremos no lucro.

PV disse...

Posted by: Renato U Souza at abril 25, 2007 07:19 PM

Poxa, eu já tava me imaginando um super-homem lá - já que super-homem veio de um planeta com sol vermelho para um planeta com sol amarelo. Podia acontecer o mesmo conosco ao contrário: ir do amarelo pro vermelho.
E também discordo da afirmação:
"De qualquer forma, qualquer coisa que esteja fora do nosso sistema solar é totalmente inalcançavel por nós."
A cabeça do lulla tá no espaço a muito tempo e vejo-a todos os dias e um monte de gente que pode pega-la quando quizer....

Thiago disse...

=)

estou longe de ser um "eco-chato". me arrepio com certas previsões apocalípticas. mas não posso negar que há algo de errado acontecendo por aqui, embaixo do Sol. se por nossa máxima culpa ou se por culpa de ciclos naturais de acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera - acontecidos repetidas vezes na história desse nosso planeta -, é outra história.

e, aqui, de fato não torraram. mas se esqueceram de que o espaço do Homem é criado por ele. europeus que viviam naquela Europa, carcomida pela corrida mercantilista, só conseguiriam reproduzir aqui o que tinham por lá.

tá. eu paro antes que te venham as coceiras. =)

abraço.

(se não se importa, vou linkar seu blog no meu. é bom novos ares, vez ou outra. especialmente se eles vêm acompanhados de boa educação e abertura ao debate. =)

(N.G.: imagine, se me importo. Vai ser uma honra que, desde já, lhe agradeço)