segunda-feira, 21 de maio de 2007

Dentro do covil (II)

O Bom Dia Brasil repetiu o trecho da matéria do Fantástico, no qual Flávio Candelot, diretor da Gautama, se queixa com Flávio Pin, superintendente nacional de Produtos de Repasse da Caixa Econômica Federal, de que um ministério estava reclamando da falta de projetos da Gautama. Acompanhe:

Candelot - "Eles estão alegando que na drenagem não tem projeto. Pra você ter uma idéia, falta 30% para concluir a macro drenagem e Maceió como um todo.Porque se não concluir toda a chuva, apesar dos 70% feito..."

Pin - "Mas veja bem, isso vai ser uma outro momento, não vai ser agora, depois nos falamos. Eu tô aqui no Palácio do Planalto, inclusive."

Candelot- "Ah é?"

Pin- "Aí eu vou dizer como é que vai ter que ser feito, mas é outra conversa."


Este diálogo nos faz pensar. Principalmente pelo termo "inclusive". Imagine o leitor que eu receba uma ligação da Lurdes, minha fiel escudeira, e que nós duas entabulemos o seguinte diálogo:

Lurdes - "Dona Nariz, tem que comprar guardanapos para a festa de amanhã. Esqueci de colocar na lista, mas vai faltar."


Nariz Gelado - "Mas veja bem, as compras da festa serão feitas amanhã, não vai ser agora. Eu tô aqui no supermercado, inclusive."

Lurdes - "Ah, é?"

Nariz gelado - "Aí eu vou ver tudo o que falta para a festa, mas é outra conversa."

Por que eu diria "inclusive"? Pelo óbvio: é no supermercado que eu resolvo problemas como aquele trazido pela Lurdes. Mas não naquele momento. Naquele momento, havia outras coisas a serem resolvidas ali.

Nenhum comentário: