segunda-feira, 7 de maio de 2007

O petróleo é vosso

A Bolívia decretou monopólio do petróleo.

E, mais uma vez, a Petrobrás e o governo ficaram sabendo da decisão de Morales através da imprensa.

Como tanta incompetência assim, mesmo vindo de quem vem, é inadmissível, estou a cada dia mais certa de que Lula está, na verdade, seguindo fielmente as diretrizes do Fórum de São Paulo.

Não é segredo para ninguém que Lula tenta se apresentar como uma nova versão de Getúlio Vargas. Mas, como bem observou o Coronel, enquanto Vargas dizia aos brasileiros "O petróleo é nosso", Lula não para de dizer aos bolivianos "O petróleo é vosso".

6 comentários:

Robson disse...

NG, e não pára por aí. Veja no site do Claudio Humberto sobre a expulsão de 35 mil famílias de brasileiros que residem na Bolívia. E a vergonhosa atitude da diplomacia "neztepaiz" ;^(

Paulo Cavallieri disse...

Leio NG todos os dias, mas tenho dificuldade de postar (seu blog não ajuda tecnicamente).
Mas parabéns pelo foco claro das coisas que acontecem no Brasil.
Eu abandonei os jornalistas pseudo independentes de esqueda, a mim basta BG, RA, CH, enfim uns poucos que honram a inteligência.

Só acho inacreditavel que a incrivel incompentencia de Lula e do PT, consiga ser superada por nossas ridiculas oposições.

(N.G.: Oi, Paulo! Você andou sumido mesmo! Sobre o problema técnico: quando comentar, certifique-se de que você está usando o botão "post" que fica ao lado do código numerico. Há dois. O que fica logo abaixo da janela onde você redige o comentário, não funciona - mas não conseguimos nos livrar dele...Deve ser petralha o desgraçado do botão. Um abraço)

Paulo disse...

Olha, isto é um pouco mais complicado. Ou mais simples. Qual a solução que você propõe, invadir a Bolívia por fazer em 2007 o que o Brasil fez 50 anos atrás?

(N.G.: a invasão só é opção para quem, como você, quer ridicularizar os legítimos protestos contra este entreguismo do patrimônio nacional. Já ouviu falar em endurecimento diplomático? Em retirada de embaixador? Em sanções? )




Degauss disse...

Vejam só que bancaninha: nossas esquerdas não se cansam de se utilizar da solércia (uso este termo com significado dado pela definição 2 do Houaiss). Chiam uma barbaridade quando, no Brasil, privatizamos estatais ineficientes e sorvedouras de recursos que seriam melhor empregados em saúde, educação e segurança. Vociferam alegando que foram vendidas a preço de banana, como se valessem mais do que isto.
Enquanto isso, não dão um pio quando a Bolivia estatiza nossas estatais a preço de chá de coca quando, seguramente, valem muito mais do que isto....

O Editor! disse...

Degauss,

só uma correção no seu texto:

As estatais NÃO foram vendidas a preço de banana.

Valiam menos que uma banana prata fora do cacho, eram ralos incomensuráveis de dinheiro, mas não foram vendidas a preço de banana. Aliás, foram vendidas com um ágio enorme, muito acima do valor de mercado que tinham à época. Foram vendidas por pouco dinheiro? Comparando com o que valem hoje sim, mas comparando com o que valiam à época, com certeza não.

Houve roubo, desvio, desmando e negociatas? Podemos até pensar que sim, dado nosso histórico político (de hoje até 500 anos atrás). Mas...

...mas sabemos que as privatizações, para a direita, são as principais bandeiras do governo FHC. E que também são, para a esquerda, o principal ponto fraco do governo FHC. Sabemos também que o Lula adoraria esmigalhar FHC. Enxovalhá-lo. Cuspir em sua biografia.

E faz quase 5 anos que está no poder, e mesmo com toda a máquina do governo e seus instrumentos de pesquisa, análise e investigação, nunca pediu nenhuma investigação das privatizações. Nunca quis saber a verdade do que foi feito. Porque? Se está (como sempre esteve) tão certo da 'privataria', porque não investiga e manda prender por prevaricação seu maior inimigo?

Desculpe pelo longo post, e acredite quando digo que não quero atacá-lo pessoalmente. Mas odeio esse papo de "privataria". E não aceito que essa mentira bizarra continue, após tanto tempo, sendo dita como verdade.

Abraços,

O Editor!

Degauss disse...

"só uma correção no seu texto:
As estatais NÃO foram vendidas a preço de banana"

Caro Editor!

Concordo em parte com a sua afirmação de que "as estatais não foram vendidas a preço de bananas".

Tecnicamente, elas foram vendidas pelo preço que os licitantes vencedores achavam que valiam à época dos leilões.

Algumas foram arrematadas até com ágios e, por isso mesmo, atingiram elevados preços (exemplo: Banespa, com ágio de 7 bilhões acima do preço mínimo estabelecido). Outras, entretando, foram sim vendidas por preço de bananas. Mas o foram não porque tivesse havido algum conluio ou fraude entre os licitantes. Foram porque era isso mesmo o que valiam: bananas (exemplo: Fepasa, vendida, acho, por R$180 milhões)

Houve, inclusive, tentativas frustadas de privatizações. A situação de tais estatais era tão deficitária, que se o poder público desse de graça já seria lucro.

Quem diz que TODAS as estatais foram vendidas a preço de bananas, o que também acho um disparate, não sou eu, mas sim a moçada da esquerda (na qual não me incluo).

x.x.x.x.x.x.x

"Desculpe pelo longo post, e acredite quando digo que não quero atacá-lo pessoalmente".

Como menino obediente, fui reler meu post para saber onde havia afirmado considerar que todas as estatais foram vendidas a preço de bananas. Talvez você esteja se referindo à frase: "Vociferam alegando que foram vendidas a preço de banana, como se valessem mais do que isto". Se for, só posso debitar o seu entendimento equivocado do que eu disse à construção da frase. Relendo-a várias vezes cheguei à conclusão que, de fato, ela é ambígua. Portanto, longe de mim considerar seus comentários ao meu post um ataque pessoal. Na verdade, foi muito gentil de sua parte dar-se ao trabalho de comentar.

Abraços,

Degauss