terça-feira, 21 de agosto de 2007

Epa!

Pessoas, cliquem aqui e leiam a entrevista que o Ministro Marco Aurélio de Mello concedeu, ontem, ao Terra Magazine.

Depois me digam se não há nada de estranho no ar.


6 comentários:

Clau disse...

Nariz, vc já viu o vídeo sobre a convenção do PT?
É uma das coisas mais cafajestes que já assisti.

http://www.youtube.com/watch?v=VNPjm0qfByc

Abraços

Alexandre, The Great disse...

Um depoimento camaleônico do Sr Ministro Marco Aurélio.

Gili disse...

Nariz, amiga,

Não concordo com o comentarista Alexandre, The Great. "O depoimento" do ministro não foi "camaleônico" [=fingido; que simula uma realidade].

O que há de estranho no ar são o título - "Apesar de insinuações, ministro nega grampos da PF" - e as perguntas do magazine.

ex. (1): O senhor acha que essa reportagem (capa de Veja desta semana, sobre a suspeita de membros do STF estarem sendo ilegalmente grampeados pela PF) e tudo o que foi levantado agora leva a uma rediscussão sobre o papel da imprensa nesse tipo de cobertura?
[o ministro não concorda com a pergunta do entrevistador, Raphael Prado: "o papel [da imprensa] é fundamental no que ela escancara certas mazelas. E as mazelas vindo à tona se tem aí uma correção de rumo. Eu sou otimista, eu creio que a revista (Veja) prestou um bom serviço à sociedade ao falar de práticas condenáveis como a escuta clandestina."]

ex. (2) Mas levantando a suspeita de que a própria Polícia Federal estivesse fazendo esses possíveis grampos...
[o ministro: "evidentemente, em todo segmento da administração p ú b l i c a há pessoas não-vocacionadas. Inclusive na magistratura. Mas são exceção.”] Quer dizer, está escrito nas entrelinhas, o sentido oculto da fala do ministro que a suspeita sobre a instituição pública é possível e razoável. A Veja, como empresa privada, não pública, cumpriu sua função e isso, logicamente, "não leva a uma rediscussão sobre o papel da imprensa nesse tipo de cobertura".

ex. (3): E mesmo assim a revista prestou um bom serviço?
[o ministo reitera: “Ah, sem dúvida. Mil vezes ter-se escancarado aí os defeitos existentes do que escamoteá-los.”]

Conclusão: para o ministro é inimaginável que a PF “parta para a escuta clandestina.”
Porém, o ministro usa, inteligentemente, um argumento contrário à posição contida no texto que introduz e resume a entrevista:
“A g o r a, nós estamos vivendo uma quadra em que s e t r a n s f o r m a a e x c e ç ã o e m r e g r a.”
E sutilmente, o ministro explica o que deveria ser normal todo o tempo, mas que não o é no momento em que vivemos: “A regra é o sigilo das comunicações telefônicas, é a privacidade do cidadão. A exceção é a quebra desse sigilo.”

Aluizio Amorim disse...

Nariz: o site Terra tem na direção de jornalismo um petralha. Portanto, não tem qualquer credibilidade. Está aí uma matéria encomendada. Os jornalistas da grande mídia ou são imbecis ou estão recebendo a bolsa-jornalista, o novo tipo de jabá que circula pelas internas. Fala-se cada vez mais nisso no meio jornalístico brasileiro. O petralhismo é um cancro. Não tem cura.

Alexandre, The Great disse...

Nariz Gelado. Insisto que o depoimento do Ministro do STF é camaleônico: dependendo do "ambiente", muda.

Gili disse...

Bom, Alexandre, considerando a informação de Aluizio Amorim - o site Terrana tem na direção de jornalismo um petralha (quem sabe até seus subordinados recebam o tal Bolsa-Jornalista -, dou razão a seu ponto de vista: "o depoimento do Ministro do STF, dependendo do "ambiente", muda."

A gente procura adequar nosso discurso ao interlocutor(es).

Mas o ministro não desqualificou a imprensa, no caso, a Veja, em nenhum momento, não é mesmo?

Um abraço.

Antecipadamente, agradeço o espaço, NG.