Da coluna Painel, na Folha de S. Paulo de hoje:
"Depois de um silêncio de quatro meses, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, enviou resposta a um requerimento de informações do Senado confirmando que o avião que aterrissou no Rio de Janeiro para deportar os boxeadores cubanos Guillermo Rigondeaux Ortiz e Erislandy Lara Zantaya após o Pan era um Falcon 900, prefixo YV 2053, da vasta frota de Hugo Chávez, operada pela Gestair S/A. Um dos comandantes era o venezuelano Jorge Machado Mujica.
A oposição, agora, quer a resposta para uma pergunta que ficou no vazio: 'Quem arcou com as despesas da deportação?'. Quer saber ainda se o pouso foi autorizado previamente e por que o governo demorou a confirmar a participação venezuelana na operação."
O ministro da Jobin que me desculpe, mas isto a gente sabe desde agosto - os leitores deste blog, em especial, sabem com detalhes. Só "não sabia" o petista Tarso Genro que, à época, cometeu ato falho na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional - lembram?
Agora me digam: é possível que um ministro que acompanhou toda a operação - a ponto de sentir-se preparado para prestar esclarecimentos sobre a mesma no Senado - ignorasse que o avião era venezuelano? E mais: até quando esta crônica e conveniente ignorância vai safar a cara deste governo?
4 comentários:
Acho que Genro é o que mais se beneficia da condescendência da oposição e de parte da imprensa. E ele faz bom uso disso. Para mim, ele encarna, mais até do que o chefão, o verdadeiro lobo em pele de cordeiro. Aquele ar quase pimpão de tiozão nunca me enganou. Imprensa e oposição costumam situá-lo no grupo dos que sempre se surpreendem com as maracutaias gestadas no governo. Para mim essa surpresa é pura encenação. Genro é o melhor ator do petismo. Ideli, por exemplo, é uma canastrona. Genro é um Marlon Brando.
Até sempre. Estamos lascados, Nariz. Hoje, especialmente, estou mais descrente do que nunca.
Enquanto o governo federal, por sí ou por intermédio de suas estatais forem os maiores anunciantes da grande imprensa e enquanto o brasileiro for um "incorfomado" sentado no sofá tomando sua cervejinha, as coisas vão continuar do jeito que estão...
Nos criaram mais problemas, agora faltam adjetivos para qualifica-los.
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