quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Como combater a incoerência?

O Brasil deve extraditar ainda hoje o uruguaio Manuel Cordero Piacentini.

Coronel da reserva, Piacentini é acusado de ter atuado na Operação Condor — movimento de repressão aos opositores das ditaduras militares do Cone Sul - e está com prisão decretada pela justiça uruguaia. Casado com uma brasileira, ele vive  no  Brasil desde 2005. Sua extradição foi aprovada pelo Supremo Tribunal Federal em agosto de 2009.

Extradite-se, pois, o homem. Cometeu crimes? Foi julgado e condenado em seu país? Extradite-se!

Porém, que  ninguém esqueça: não houve, para Piacentini, celeuma jurídica ou diplomática. O governo brasileiro só evita extraditar terroristas de esquerda - gente como o italiano Cesare Battisti e o ex-padre colombiano Olivério Medina.

É claro que nada disso é novo. O tratamento desigual já ficou claro em outras oportunidades - quando da extradição, na calada da noite, dos pugilistas cubanos, por exemplo. Mas vale a lembrança. Principalmente porque ela deixa evidente, mais uma vez, a dificuldade em se fazer um combate discursivo coerente com Lula e turma.

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