sábado, 15 de maio de 2004

Selvageria

Um amigo enviou-me por e-mail o vídeo completo daquela selvagem degola do refém americano promovida pela Al Qaeda no Iraque.

E posso lhes garantir que a coisa é de arrepiar - num nível de selvageria tal que escapa à minha compreensão.

Até a tarde de hoje, eu pensava, inocentemente, que se tivesse tratado de uma decapitação. É é provável que também vocês, ao saberem do fato, construíram aquela imagem mental que é terrível mas, de certa forma, tranquilizadora no que respeita às sensações da vítima: a imagem de alguém perdendo a cabeça rapidamente, em um único golpe de cimitarra. Isto é o que a imagem veiculada pelas redes de TV - que se interrompe antes que os carrascos avancem sobre a vítima - nos induz a pensar.

Esqueçam isso, meus caros. Nicholas Berg foi submetido a um sacrifício lento. Sua cabeça foi arrancada com algo um pouco melhor que uma faca de cozinha - seus músculos e ossos se rompendo lentamente, num interminável martírio.

Talvez mais terrível que o crime em si, seja a atitude de seus algozes, que uivam e riem enlouquecidos do início ao fim do processo. Depois que assisti, entendi porque meu amigo nomeou o arquivo de "hienas". De fato, os terroristas parecem - tanto nos ruídos que emitem, quanto na postura corporal - um bando de hienas.

Pois olhando aquelas terríveis cenas, me ficou claro algo que eu já intuía: não há como negociar com aquela gente. Não há parâmetros culturais para qualquer tipo de entendimento.

Diante daquilo, pirâmides de prisioneiros pelados vira brincadeira de criança.

Não vou linkar o arquivo aqui, pois penso que isto, além de dar um espaço desnecessário à violência, deve até ferir as normas do Blogger. No entanto, se alguém fizer muita questão de ver, escreva para narizgelado@uol.com.br, que eu indicarei o link. Mas aviso que são imagens fortíssimas, a serem evitadas por pessoas sensíveis ou com problemas cardíacos.

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