sexta-feira, 30 de junho de 2006

Números para quem?

Que os novos números do Datafolha e do Vox Populi não sirvam para tranqüilizar àqueles que estão empenhados na campanha de Geraldo Alckmin. Não. Estes eu quero vivendo sob pavor, para que não subam em saltos antes da hora.

Que sirvam, os novos números, para conferir alguma humildade àqueles que acreditam que Alckmin foi uma escolha errada. Seria de bom tom que eles parassem de chorar sobre o Serra derramado e admitissem que Geraldo Alckmin tem chances - e que estas chances serão maiores se uns e outros colocarem a preocupação com o futuro do país acima de detalhes secundários.

Que eles, os novos números, sirvam também de alerta aos ingênuos e freirinhas em geral: bater em Lula funciona. Principalmente quando a surra faz parte de uma iniciativa conjunta, de uma divisão de tarefas, que prevê espaço para a apresentação do candidato e suas propostas.

Finalmente, que os novos números sirvam para mostrar aos governistas e aos adeptos do voto nulo - também eles governistas por tabela, ingênuos a serviço de uma idéia inútil - que é cada vez maior o número dos que se recusam a ficar em silêncio enquanto a nação é saqueada.

9 comentários:

Christian disse...

Perfeito.

Emiliano disse...

NG,
parabéns pelo blog! Estou completamente viciado em lê-lo. Concordo que é urgente e necessário atacar o Lula, especialmente quando 'atacar' significa simplesmente mostrar o seu caráter e tudo o que seu governo tem feito.

Angelo da CIA disse...

Uma teoria absurda que cai com o resultado desta pesquisa ( uqe concordo com você, não nos deve deixar eufóricos ) é a de que "em Copa do Mundo ninguém liga para a eleição". Ora vejam só, em plena Copa do Mundo, se ninguém se lembrasse de política a tendência seria um crescimento dos indecisos ou dos votos do "deixa-como-está", no caso, Lula. Não é o que vimos!

Peregrino disse...

É isso aí NG! A ordem tem de ser "forçar o segundo turno na porrada"! (Desculpe-me pelo termo pouco usual nesse espaço!). Foi assim que o Apedeuta-mór conseguiu, após três tentativas frustradas, chegar lá. Todo mundo cria, piamente, que ele perderia até para ele mesmo, até para presidente de grêmio estudantil. No entanto, ele e sua Organização Criminosa usaram e abusaram da tática de bater e bater mais. Resultado: acabaram conseguindo. Só que são uma decepção imensa. Neste caso, não parece difícil removê-lo. Basta expor suas mazelas (que são infindas!) batendo e batendo mais.

Adelice disse...

Nariz,

Excelente este seu post. Acho que você tocou em todos os aspectos que precisam se lembrados daqui para diante e jamais esquecidos.

Abraços

Jorge_Nobre disse...

Funciona sim, Nariz. Bater no Lula!

Um mês antes do referendo as pesquisas davam esmagadora vitória para o "sim", dos sim-nicos! Mas os defensores do direito de se defender foram a luta, mostraram ao eleitor o que significaria a vitória do sim, e ganharam a maioria.

É... Os tucanos podem ganhar. Só precisam ir a luta. O molusco vai ajudá-los. O molusco é especialista em dar mancadas. Se não fosse a proteção politicamente correta da imprensa e até dos outros partidos, ele há muito teria sido desmoralizado.

lenita disse...

Voto nulo é preguiça de pensar e decidir. Voto nulo é abrir mão do direito de reclamar. Voto nulo é deixar outras pessoas decidirem por você.

Sharp Randon disse...

Hoje, Alckmin estava no Amazonas ao lado do senador Virgílio usufruindo da divulgação dos novos números e de alguma "afabilidade extra" pelo que esses números podem sinalizar em termos de reversão da sabotagem interna. Prova de fogo para a coordenação da campanha diante da mídia. A agenda do candidato sincronizada com o timming de absorção de mais apoio mostrará a que veio a estratégia dessa babel coordenadora. Embora o lixo acumulado em torno de si não encontre mais tapete para se ocultar é incomparavelmente menor do que o do desgastado governo Lula. O joio das peças políticas que o cercam se evidenciarão e o trigo fiel se revelará aos olhos objetivos do eleitor. Convém descobrir de Alckmin se sua estratégia pessoal leva em conta uma radicalização de Lula através de medidas deflagradoras do conflito generalizado no campo e um simultâneo "aparecimento" da solução campesina na figura glorificada de Lula e "surpreendentemente" reverenciada de público por Chávez, Fidel e Morales. Creio que Alckmin dispõem de informações consolidadas que o levaram até agora a "retardar" o cerne do seu discurso, adiando ao máximo o poder de reação das forças armadas Lulistas. O desenho é terrível. Que Deus nos acompanhe pelo melhor para o Brasil.

Jajá disse...

"Fazer política para pobres". Que absurdo. Essa gente pensa que administrar um país é simplesmente administrar a Petrobrás, que por ter monopolio de tudo, anda sozinha. E o restante dos Estados da Federação? Passarão mais quatro anos a míngua? Desculpem, mas não aguento mais ouvir a palavra SOCIAL. E mais, o PT não sabe que rico sempre existiu e xempre existirá, seja qual for o governo. E as esmolas que estão dando aos pobres, estão sendo subtraidas da classe média, cada vez mais empobrecida.