terça-feira, 24 de julho de 2007

Lula aprova, Lula gosta... Viva a vulgaridade!

Já se vão cinco dias desde que o assessor presidencial Marco Aurelio Garcia e seu lambe-botas brindaram a nação com gestos obscenos. Até agora, não houve qualquer atitude presidencial a respeito.

Houve, é claro, a iniciativa da Comissão de Ética pública, que prometeu analisar o caso em sua próxima reunião, no dia 30. Desconfio que a ordem é torcer que a revelação do conteúdo das caixas pretas - e outras manchetes ligadas ao acidente da TAM - acabe por enterrar o caso.

Mas algo deve ficar, desde já, muito claro: Lula aprovou aquela vulgaridade e está, como sempre, apenas esperando um parecer do impacto da mesma sobre sua imagem. Se for muito ruim, talvez ele aceite punir seu assessor. Caso o contrário, irá acatá-la como mais uma atitude aloprada, passível de ser perdoada. Porque é óbvio e evidente que, tivesse ficado ofendido com o gesto, tivesse recebido aquela vulgaridade com a mesma revolta que os demais brasileiros, Lula não esperaria por ninguém para tomar uma atitude. Se não tomou, é porque aprova os obscenos gestos - ou, no mínimo, porque não se incomodou com eles.

Não creio que esta constatação surpreenda aos leitores. Dos festejos regados a Blue Label com guaraná, passando pelas orgias naquela mansão no Lago Sul, pelas cartilhas de orientação sexual e chegando ao ramo de atividades daquele petista roxo que agora constrói um hotel quase dentro do aeroporto de Congonhas, a vulgaridade é, depois da corrupção, o traço mais marcante do governo Lula.

Não que eles estejam tentando esconder tal coisa. Ao contrário, têm dado mostras de que muito se orgulham da vulgaridade que lhes está entranhada. Mais vulgar do que uma ministra do turismo mandando o povo relaxar e gozar só um presidente da república que, numa visita oficial, declara estar querendo encontrar o ponto g do visitante.

11 comentários:

HUGO AGOGO disse...

NG

Encontrei a solução para a pista de Congonhas. Basta aplicar uma camada de teflon, esfregando o Presidente Lulla em toda a pista. Lulla, um grande Estadista, certamente topará esse sacrifício em prol da Nação.

Leo Romano disse...

Clap! Clap! Clap! Que texto!
O Hotel deveria se chamar Gomorra Trabalhista ou Sodoma Partidária. E ali só se abrigaria aliados do Estrela Vermelha!

Alexandre disse...

Só uma dica: já estão à venda pela Internet as camisetas "eu vaiei o Lula no Pan". O endereço é http://www.camisaonline.com.br/estampa_info.php?imgF=arquivos/cat/Esportes/jogos%20panamericanos/p/af_5514_37262.jpg&a=100&l=100&img_id=37262&c=F

Igor disse...

Quanto exagero e melodrama! Não houve nada de exagerado nas reações dos assessores, inclusive duvido muito que alguém que não estivessa naquela posição não reagiria de forma semelhante ao saber que a culpa de uma merda daquele tamanho não recairia somente sobre você.

Ainda me intriga o que o cinegrafista esperava filmar da janela do escrítorio deles, uma cena de sexo tórrido? E como ele sabia o que se pasava na tv? tinha plantado um mcrofone espião também?

Tá, tá, morreu um monte gente, foi chato e etc. Mas a vida anda.

Infinitamente pior foi a dança da impunidade, no plenário. E Ângela ainda recebeu 37 mil votos para reeleição.

jml disse...

Não se incomoda, não tá nem aí...

Tanto faz.

O fato é que eLLe não vai tomar nenhuma providência, a não ser que o fogo comece a lamber seus pés.

Isto já ocorreu antes. Várias vezes.

Elle só irá defenestrá-lo se isto ameaçar sua própria sobrevivência política.

E, de mais a mais, se Garcia for obrigado a sair, quem vai puxar o saco do Chavez com idêntica competência e gosto?

Garcia é, simplesmente, insubstituível.

O Editor! disse...

Igor,

Não é porque é essa trupe que está no poder que devemos aceitar um comportamento tão estúpido. Ok, eu faria isso sabendo que talvez uma merda dessa não cairia no meu colo? Não sei. Você faria? Talvez, não sei. Concordo que se eles tivessem essa atitude "enquanto cidadãos" (como o Lulla adora falar), em suas casas, ok. Não é correto, não é bonito, não é a melhor atitude, mas ainda dá pra dizer "beleza".

Mas eles fizeram "enquanto funcionários públicos". Dentro do Palácio do Planalto. No lugar de trabalho de um Assessor Direto da Presidência da República. Como Assessores de um Presidente que ainda não tinha enviado nem uma carta de condolência às famílias das vítimas. Fizeram aqueles atos investidos na função pública, subordinados a um Presidente que não havia oferecido ajuda Federal ao Governador do Estado atingido.

O ato, para os padrões dos dias que correm, não foi terrível, hediondo, concordo com você. Mas foi um ato feito por funcionários de um Governo que sempre está mais preocupado com a própria imagem do que com governar. Foi um ato feito antes que o Governo tivesse qualquer reação com relação às vítimas, à infra-estrutura aeronáutica, ou a qualquer outra coisa. Por isso foi hediondo. Porque demonstrou que o Governo não havia se mexido, com medo da perda de popularidade, e quando se mostra, quando mostra o que pensa, a mensagem é clara: A culpa é da aeronave, não nossa. Vencemos. Não fizemos e não vamos fazer nada. Não vão conseguir colar esse desastre em nós. Se F.......

Essa é a mensagem. Isso É hediondo. Isso É um absurdo. Eles tem que cair. O desrespeito de uma pessoa contra você é suportável. O de um Governo, não.

O Editor!

Terpandro Alencastro disse...

Releitura sugerida: Ali Baba. Não era brasileiro. Moço feliz, só conheceu quarenta.

Igor disse...

Entendo o seu ponto de vista, acredito que eles deveriam sofrer uma represália, mas falta de classe não chega a ser um delito.

Caso fossem demitidos, a ação não passaria de uma manobra política para preservar a imagem do presidente, o tipo de ação que vocês criticam.

Ah, também acho que estão colocando muitos pensamentos na cabeça dos assessores:

" A culpa é da aeronave, não nossa. Vencemos. Não fizemos e não vamos fazer nada. Não vão conseguir colar esse desastre em nós. Se F......."

Aquela reação não foi pensada. Não foi um deboche, como a dança da impunidade (preciso parar de usar esse exemplo).

Palácio do planalto ou não, eles não estavam em espaço público, eu acho. Não sei se os escritórios do planalto são abertos para todos os cidadãos. Ainda defendo que o jornalista não devia estar filmando aquela janela, mas isso é outra história.

(N.G.: é mantido com dinheiro público? Então é espaço público.Não pode ser destruído, como fez o companheiro Bruno Maranhão com o Congresso. Mas é público. Não é lugar para acolher os humores e odores desta cambada que lá se alojou )

O Editor! disse...

Igor,

Vamos lá: Qual o outro significado possível para os dois gestos? Um era o gestual de quem está transando com outra pessoa. O outro era o "copinho" do "se f...eu". Não consigo imaginar outra coisa além de: "Era o reverso da turbina. Se f.....ram!"

Outra coisa: Era o horário do JN, eles estavam no trabalho até aquela hora por causa da crise (se não estariam naquela mansão no lago sul, ou mesmo em casa) e as pessoas pensam: "O que eles estavam vendo? Tem certeza que é o JN??" O que mais seria? Desperate Housewives? Estavam reagindo a um episódio novo do seriado?

Um funcionário público não deve sofrer represálias. Deve ser punido. Um assessor presidencial que faz gestos que envergonham a nação deve ser punido. E a punição adequada é a perda do cargo, pois ele não representa mais o povo, que não lhe considera confiável para a proteção de seus direitos. Isso é proteger o Presidente? É. Mas também é proteger a instituição da Presidência. E a diferença entre isso e o que o Lulla faz é apenas o timing. Expulsar alguém logo que a ação incorreta é revelada é correto. Manter como está para ver como fica e eventualmente expulsar é apenas queimar os outros para se proteger.

E pra terminar, uma coisa que precisamos deixar claro, porque é um sintoma dessa sociedade na qual vivemos: Um homem PÚBLICO, lotado em um cargo PÚBLICO, trabalhando dentro de um prédio PÚBLICO, na atribuição de suas funções PÚBLICAS tem direito à privacidade por quê? O cargo é PÚBLICO pois representa o povo. E o povo tem o direito à PUBLICIDADE de suas ações e omissões. Se MAG quisesse, em sua casa, comer cocada enquanto faz sexo com sua senhora, isso é particular, uma questão privada. Se ele negocia favores de empreiteiras na casa de sua mãe, isso é e deve ser tornado PÚBLICO! Imagine então se ele reage a uma noticia potencialmente danosa ao governo durante o expediente (mesmo que seja em hora extra), dentro de seu local de trabalho? Tudo isso deve ser publicado! Para que o povo saiba quem os governa. Pois se aceitamos que essa é uma reação normal de quem não sabe que está sendo filmado, absolvamos o homem dos correios, Carlinhos Cachoeira, os corruptos do INSS, o sargento Rambo, etc. Afinal, eles também não sabiam que estavam sendo filmados.

O Editor!

Christoph disse...

NG

quanto ao Hotel. Não sei ao certo...mas deve se tomar a seguinte linha de investigação.

O Hotel pertence (conf. Globo Online) ao empresário Sr. Oscar Maroni Filho.

Nesta reportagem da ISTO É o mesmo empresário é citado

http://www.terra.com.br/istoegente/06/reportagens/rep_oscar.htm

com título de

Empresário do prazer
Ex-psicoterapeuta, Oscar Maroni Filho fatura R$ 13 milhões por ano com bordel de luxo, revistas eróticas e uma fazenda no interior de São Paulo

Portanto o tal de Hotel na verdade é um Bordel.


Abraço

Christoph

marcelo disse...

esses dois estavam torcendo pelo que? em achar uma maneira de livrar a cara do çupremu ghia?
e o respeito pelos familiares das vítimas?
e, agradeço a pessoa que registrou a cena (em prédio público) e deu mais uma amostra de como essas pessoas realmente pensam.
ontem assistí a cpi onde compareceu o cara-de-pau do presidente da anac.
bastaria alguém definir o que é reforma e o que é manutenção para dificultar a defesa, defesa não, tentativa de livrar-se da responsabilidade devida.
e o deputado que mencionou o golpismo e criticou o requerimento do gustavo fruet (esse eu sei o nome) ? já que alguém sofre na vida, por que pessoas desse tipo não sofrem?