Quando o ator Paulo Betti, em entrevista concedida no ano passado, afirmou que "não se faz política sem colocar as mãos na merda", parecia que estava apenas dando uma forma mais dramática para aquela estratégia "todos os políticos são iguais" - da qual o petismo usou e abusou desde que surgiram as primeiras denúncias de corrupção no governo Lula.
Ontem, porém, foi a vez do presidente do Senado assumir coisa parecida: "Quem quiser me pôr para arder numa fogueira em praça pública terá de sujar as mãos", declarou Renan Calheiros, ao ouvir novos pedidos de afastamento do cargo, sugerindo que é impossível tocá-lo sem tomar contato com a sujeira.
Vejam vocês... Cientistas políticos, jornalistas e articulistas em geral passaram os últimos três anos produzindo laudas e mais laudas a fim de explicar a crise ética que tomou a política nacional de assalto... E, no final das contas, o mau cheiro vem mesmo é da falta de banho.
Um comentário:
A coisa chega a um ponto em que renan nem se preocupa em disfarçar uma ameaça.
"Quem quiser me pôr para arder numa fogueira em praça pública terá de sujar as mãos".
Prá mim, isso tudo já é a "herança" do governo lulla crise da silva.
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