terça-feira, 27 de novembro de 2007

Enquanto isso, ali na esquina...

A Bolívia ferve.

Hugo Chávez esfrega as mãos.

disse outro dia: o gorila venezuelano mal pode esperar para ver frutificar a sua versão latina do "Vietnã".

6 comentários:

Bira disse...

nesse momento ele poderá oferecer fuzis a preços módicos...

jml disse...

Eu tive saudades das aulas de geografia e fui cutucar o google. Acontece que a Bolívia, como é de sabença (e eu havia me esquecido) não tem saída para o mar. Então eu fiquei me perguntando - e a amiga, se puder, me ajude: é certo que o gorilão disse que agirá militarmente caso seu fantoche for derrubado. Mas... por onde ele enviaria suas tropas? Peru e Chile não são seus aliados. O Ecuador não faz fronteira com a Bolívia. Resta, apenas, o... Brasil ?!

(N.G.: primeiramente, volto a dizer o que disse quando outros comentaristas me trouxeram a mesma questão: afirmar que Hugo Chávez quer - e age em prol de - determinada coisa não significa afirmar que ela é possível ou mesmo provável. Outro dia, quando comentávamos este mesmo assunto, o Alexandre observou que Chávez não conseguiria dar dois passos antes que os EUA o colocasse no devido lugar. Concordo. Mas, como argumentei então, esta também era a evidente realidade do Iraque - e nem por isso Saddam recuou. Não se pode esperar bom senso de magalomaníacos psicóticos. Um abraço.)

Paulo Araújo disse...

NG

Desde que Chávez percebeu o crescimento do "não" ele mudou sua estratégia. O que no início era referendo da reforma agora é explicitamente plebiscito sobre a sua pessoa.

Como todo ditador é também um paranóico fica díficil prever exatamente sua reação num cenário de provável vitória do não. O paranóico em questão é o egocrata que acredita firmemente que todos apenas conspiram contra ele. Por isso todos são fascistas. Por exemplo, chamar a todos de fascistas é o modo de Chávez para homogeneizar seus inimigos, sejam eles reais ou imaginários. A vitória no "não" materializaria para o paranóico a figura do Inimigo. Disso decorre meu temor: Chávez não tem adversários. Ele só tem inimigos. No caso da vitória do "não" eu não consigo imaginar que desse paranóico possa emergir o democrata.

jml disse...

NG,
Lá vai eu tendo que me explicar. Não duvidei, em nenhum momento, de sua tese.
Absolutamente.
O que eu quis dizer é que, diante da situação geográfica da Bolívia, e, principalmente, pela convicção que nosso amado líder faz da democracia venezuela, será que o gorilão está contando com a passagem pelo território brasileiro de suas tropas ?
Isto seria feito com a anuência de LuLLLa ou isto simplesmente seria desnecessário ?
Ocorreu-me que MAG, certamente, não só acha que o Brasil deve ceder espaço feito como, provavelmente, deve pensar em criar uma "força multinacional", da qual o Brasil também faria parte, para ajudar a defender a "democracia boliviana".
Enfim, qualquer das hipóteses lógicas obrigaria aos "defensores da democracia" a passar pelo Brasil.
Eu sei, eu sei, tem o lance da Constituição, mas... vc há de convir, qualquer hipótese é simplesmente assutadora.

(N.G.: Diga-se de passagem, que Hugo Chávez já invadiu o espaço aéreo brasileiro sem sofrer qualquer reprimenda. Chegou de surpresa para jantar com Lula.)

Ranzinza disse...

É,

Mas neste Vietnam, quem fará o papel de EUA será a Venezuela.

Alexandre, The Great disse...

NG, conforme comentei em outro post e ratifico aqui: o bufão bolivariano é "bom de gogó", mas não aguentaria um "traque" dos EEUU. Pense bem: porque George Bush, assim como S.M. El Rey Juan Carlos não dão a mínima para as suas fanfarronices? Sabem que não passam de arroubos de um fanfarrão cujo "poderio bélico" não resistiria a 30 min de enfrentamento. Quem deve se preocupar somos nós, os bolivianos, os colombianos, pois estes sim estão em desvantagem em relação à Venezuela. Ainda assim sempre haverá a esperança dos EEUU intervirem, não? Afinal não será a primeira vez.