terça-feira, 27 de novembro de 2007

Promessa é dívida

Na última sexta-feira, o senador peemedebista Geraldo Mesquita Júnior foi à tribuna para denunciar que estava sendo assediado por representantes do Palácio do Planalto. Numa atitude que Mesquita Júnior classificou como “tentativa de corrupção”, tais representantes pretendiam conquistar seu apoio em troca da liberação de emendas.


Furioso, o senador chamou o emissário do Palácio do Planalto de "novo Waldomiro Diniz" e avisou: "Da próxima vez que me procurarem, declinarei seus nomes."

Não deu outra: ontem, segundo matéria do JB, Mesquita Júnior voltou à carga, declarando que Marcos de Castro Lima, subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República, o estava assediando a fim de negociar emendas em troca de um voto a favor da manutenção da CPMF:

"Ele queria conversar sobre liberação de emendas, esse processo corrupto que o governo adota. Ele é o novo Waldomiro Diniz. O governo não tem interlocução permanente e numa hora dessas - votação da CPMF - quer comprar o voto. O meu não está à venda, não está no balcão. Meu voto não é moeda de troca".

Como bem observa a matéria do JB On Line, embora a prática não seja nova, desta vez há um acusador com coragem o suficiente para declinar nomes. Vai ficar por isso mesmo?

Ps.: o pronunciamento de sexta-feira do senador peemedebista, no qual ele faz as primeiras acusações sem declinar nomes, está disponível nos arquivos da Rádio Senado: Parte1 Parte2

5 comentários:

jml disse...

Ora, ora, ora, cara NG.
Está na cara que LuLLLa não sabia...
(e, falando em nosso andante e falante presidente, disse o Noblat que cerca de 2 mil pessoas aplaudiram LuLLLa durante o Movimento Nacional de Lula (o certo é "luta", mas o Noblat se entusiasmou e citou um certo molusco) pela Moradia na abertura da 3ª Conferência Nacional das Cidades ontem à noite e gritaram pelo 3º. mandato. MAG já deve estar maquinando que nem LuLLLa pode ir contra a força do povo...)

André BH disse...

Olá NG
Faltou essa no movimento cansei:
"cansei de emendas para parlamenteres"

Porque se o governo não libera,está fazendo chantagem,e,se libera,está comprando votos.
Isso não vai ter fim.

À propósito,você assistiu ontem o roda-viva com o Sérgio Guerra?
Ele definiu a governadora Yeda como corajosa,mas negando a CPMF ao RS,será um tiro no pé.
A situação lá não está nada boa.
ABS

Stefano disse...

E por que haveria de acontecer alguma coisa? O Waldomiro, foi punido? Os outros 40 ladrões, também? Não haverá jamais punição para quem quer que seja, deste governo. Depois do justo indiciamento do tucano Azeredo, pelos mesmos motivos que, estranhamente, não foram suficientes para indiciar Lulla, o valente Procurador foi desmascarado.

Caçador de Petralha disse...

Eu acho que o DEM,o PSDB e outros, devem proibir seus senadores de terem qualquer contato pessoal com o Lula. Isso me cheira a cooptação mais rasteira possível! Só num governo imoral como esse, existiria essa conversa pessoal com cada senador.

Marcos V disse...

Parabéns, NG

Você conseguiu pautar o senado e a imprensa.
Até hoje à tarde, somente você e o JB tinham dado destaque à notícia.

No meio da tarde, a coisa virou assunto no plenário do Senado: Arthur Virgílio, seu leitor, pediu explicações ao Mesquita. A pedido dele, Tião Viana resolveu abrir sindicância.

Aí nossos jornalistas acordaram: Josias entrevistou mesquita e Noblat publicou uma nota há pouco.

Um abração