quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Eles fazem o tema de casa

Na quinta-feira passada a oposição tomou bola nas costas por conta do regimento do Senado Federal.

Agora, a coisa se repete. Decidida a adiar a votação da CPMF, a base governista vai esvaziar a sessão prevista para hoje. Ao saber da decisão, os oposicionistas ameaçaram com obstrução da pauta - o que, se levado até 31 de dezembro, faria com que a CPMF deixasse de existir por decurso de prazo.


Mas Tião Viana deu, mais uma vez, um viva o regimento e tirou da manga o artigo 172 ( piada quase pronta, eu sei), que permite ao presidente da Casa trazer a matéria para o plenário, à revelia, até dez dias antes de encerrar o ano legislativo - quer dizer, em 20 de dezembro.

O resultado é que o governo ganhou mais duas semanas para assediar com propostas indecorosas os senadores da base governista que, até agora, prometem votar contra a prorrogação: pelo PMDB, Jarbas Vasconcelos, Mão Santa e Geraldo Mesquita; pelo PTB, Romeu Tuma e Mozarildo Cavalcanti; no PR, César Borges e Expedito Júnior. E o problema é que, pelas minhas contas, apenas Mão Santa não aceitaria negociar.

Ou seja: a se confirmar o quadro acima - leia-se, se a oposição não conseguir dar uma volta no tal artigo 172 - a CPMF tem tudo para ser prorrogada. São as dores de se ter um petista na presidência da Casa. Os petista, vocês sabem, têm inúmeros defeitos. Mas jamais deixam de fazer o tema de casa.

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